A tokenização é basicamente o processo de digitalização de um ativo. A emissão do token é feita através de um blockchain, geralmente atrelando seu valor a algum ativo real por meio de contratos inteligentes.
Os tokens são ativos digitais que podem ser usados dentro do ecossistema de um determinado projeto e, diferente das criptomoedas que possuem seu próprio blockchain, esses ativos são criados dentro de plataformas descentralizadas como o Ethereum.
Alguns exemplos de sucesso são os tokens de dólar, como o TetherUSD, TrueUSD, GUSD e PAX, amplamente utilizados no mercado de criptomoedas. O que acontece nesses casos é que alguma instituição financeira recebe e armazena dólares reais e, em contrapartida, emite tokens lastreados nessas moedas.
A grande vantagem disso é a possibilidade de transacionar com esses dólares em qualquer hora do dia de forma rápida, permitindo, por exemplo, a realização de arbitragem entre corretoras diferentes.
Mas a tokenização pode abranger muito mais do que moedas fiduciárias, esse processo pode mudar o mercado de ouro, a bolsa de valores, precatórios, obras de artes, e vários outros setores. Imagine que você agora pode sacar a sua ação da Ambev da corretora para uma carteira digital, vender metade dela diretamente para um amigo e emprestar outra metade a juros para outro conhecido. Isso pode se tornar realidade se os ativos da bolsa forem tokenizados.
Se alguém tokenizar um apartamento para levantar fundos, você pode investir diretamente em uma fração do imóvel para ter direito a parte dos lucros relacionados ao aluguel. Pensando do ponto de vista de um artista gráfico, eu posso criar um token único para representar um desenho incrível e leiloá-lo, e é exatamente isso que está acontecendo no mercado de Ethereum com tokens não fungíveis.